E a
rosa
A rosa
de outubro
Mulher
...
Outubro
mulher ...
Todo rosa
Outubro
rosa ...
No peito
Todo rosa
Rosa no
peito de outubro
Outubro
rosa ...
(Cícero
Aarão)
E a
rosa
A rosa
de outubro
Mulher
...
Outubro
mulher ...
Todo rosa
Outubro
rosa ...
No peito
Todo rosa
Rosa no
peito de outubro
Outubro
rosa ...
(Cícero
Aarão)
“Quero-te
mar
Para
te amar .
Quero-te
para amar
Em
todo o meu mar
Todo
teu para mim o mar
Só para
te amar .”
(Cícero
Aarão)
Fim de
tarde de primavera
Poucos
segundos e uma turma alvoroçada .
Recolhido
e paciente, à mesa , tudo observa.
Uma
súplica por calma parece inútil .
Um
desentendimento fútil
Duela
com o lado dócil
Mais um dia útil
E
ainda crê em ser muito útil .
Incansavel,
lança por todos os cantos as mais doces sementes .
E
plenamente empírico .
Como
aliada, claro, a comprovada ciência.
Genética e DNA talvez expliquem teu sacerdócio
Movido
por pura consciência, sabe que educação não é negócio.
Apesar
de longa experiência .
Tens
muita resiliência !
Aprender,
Reaprender
...
Sem
jamais esmorecer !
És resiliente
,
Consciente,
ÀS
vezes, subserviente.
Mas
eis a dúvida súbita que atormentar-te a
consciência
O
dilema a se instaurar !
Aprova?
Reprova?
Mas
não deixas de amar .
Dos
sonhos, repentinamente desiste
Mas
num ímpeto resiste
Em
cada espaço onde adentra
Uma
lousa
E tua
ansiedade, sem demora , apenas repousa.
Educar
é uma atração física
E cada
ação que praticas, tem reação
Educação
física
Astrofísica
Eletrofísica
Teu
saber tem autenticidade
E
independente de idade
Apaixona-te
por transferir saberes
E
quantas janelas abres, quantos quereres !
Revelas
os segredos da semântica
Os
mistérios da física quântica
Restauras
a ortografia
Percorres
por toda geografia
Explicas
com toque químico as fórmulas químicas
Revelas
segredos da história
E faz
tua história .
Mas no
meio do caminho, tropeças na matemática
Aparentemente
simpática
Carismática
E
muitas vezes até dramática .
Buscas,
quantas buscas fazes em toda filosofia
E te
aproprias de holosofia .
Em
tuas mãos um punhado de terra, de sementes
Todo
segundo entrementes
E te
apossas de um compasso
E na
tua aquarela recrias a geografia
Mas
não te contentas e retorna à geometria
à
sociologia ...
Assaltaram
a gramática!
Subtraíram
a matemática
Ah,
let it be, let it be
Deixa
estar, deixa estar,
Lembra-te
do Present Continuous?
Let
be, let be !
Estás
em toda parte , em cada canto , eis teu álibi .
És
professor
És
todo amor !
E
fazes arte
E
quanta arte !
Que
venham os modernistas
E
todos os cubistas
Impressionistas
E na
manada com seus cavaleiros
Todos
os Dom Quixotes
Todos
os iluministas
Mas
também os progressistas
E viva
o concretismo !
Um ou
dois parágrafos de realismo
Todo
romantismo
E por
que não um toque de simbolismo ?
Fim de
tarde de primavera
Poucos
segundos e uma turma alvoroçada .
Recolhido
e paciente, à mesa , tudo observa.
Não te
cansas de lançar sementes
Escreve
e faz a tua história !
(Cícero Aarão)
E o
que era encanto,
agora,
um desencanto
esvaiu-se
o canto
e todo
pranto
recolheu-se
a um canto
silenciando-se
um acalanto.
(Cícero
Aarão)
Não cria o vácuo ...
O vazio ...
Eu sinto o vento e
o vento passeia por todos os cantos
As folhas douradas virando pelo chão de terra seca
e minh´alma anseia pela revoada de pássaros,
por um entardecer que se eterniza em mim.
(Cícero Aarão)