Setembro
...
Ah,
meu setembro de ventos,
de
folhas coloridas pelo chão,
de
flores, todas a se derramarem pelos troncos das árvores frondosas e belas... Todas
belas !
Eis-me
as borboletas amarelas, de simplicidades
amarelas
Eis-me
todas as rosas e todas amarelas ...
Ah,
meu setembro !
Se um
grande amor ainda entrelembro!
Se
toda esperança ainda vislumbro !
Mas eis
que setembro bate à porta ...
Um
setembro de vento amarelo
de
sorriso amarelo
de
lágrimas contidas
de um
adeus que se eterniza
de uma
dor infinda no peito
de um escuro no quarto
de uma
rua sem saída ...
Um
instante , uma quimera, um segundo e tudo parece acabar
Ou
jamais acabar ...
Eis-me
setembro .... descompassado, em busca de uma alegria
de um
macaco-prego-de-peito amarelo
de um
sabiá-de-bico-amarelo!!
de
flores, de campos , jasmim- amarelo , de margaridas e azaléias!!
Eis o
colorido da vida ,
do sol
vivo a irradiar todos os cantos o teu doce amarelo!
Ah, mas se teu pranto te torna pequeno
Refaz tua aquarela
E, sem demora, vem pra janela !
Colhe as
pétalas de rosas espalhadas na praça
Transforma-as
em serpentinas
Canta ,
grita ,
Faz do
teu canto um canto estridente
E que teu
ecoar se ajunte ao canto de todos os pássaros
E uma
revoada de alegria já é a tua vida !!
É
alvorada
E amarela
E Setembro
há de partir
E um
novo amarelo há de vir
Ah,
mas se teu pranto te torna pequeno
Refaz
tua aquarela
E, sem
demora, vem pra janela !
(Cícero
Aarão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário