“Ah, os horizontes , os
horizontes que meus olhos contemplam ! As casas simples de pomares à volta ...
e um fim de tarde de primavera festiva .
Goiabeiras, bananeiras;
e os pés de caqui ao meu alcance...Os
bois no pasto, o vasto capim , os rios e suas nascentes ; as hortaliças e meus chás de capim limão, de cidreira... Os horizontes, belos ...belos e
contemplativos. Meus belos horizontes, estradas de chão, estradas de Minas; de
minérios e carvões; das Minas Gerais; de portas e umbrais; trincos , dobradiças
e ferrolhos; de estações de trem desativadas
e de bancos vazios nas praças; a vida pacata; o padeiro de cestos à bicicleta,
o ferreiro e o cavaleiro de chicote e
espora; e as moças morenas , de seios à mostra, de olhar vago, à espera de alguém, em descanso, deixando o frescor do dia passar , de braços rígidos entrelaçados sobre
os parapeitos das janelas de madeira
batida .” ( Cícero Aarão )
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