Sigo
o meu caminho
e
antes da primeira curva, colho e espalho flores ...
Deixo-as
para quem desejar espalhar para quem
vier em seguida ,
após
outra curva, do outro lado ...
Sigo
em frente ...
Meu
intento é amar
Quero
a plenitude de amar
E,
sem medida
Incondicionalmente, tão somente amar ...
E
quem eu encontrar , na próxima esquina ...
e
mais adiante, na próxima e mais em outra ...
infinitamente, em todas as esquinas ...
Ah,
esse intento de amar !
Sinto-me
qual locomotiva
a
espalhar sua fumaça por aí ...
um
movimento de pernas frenético
absurdamente
transloucado
que
move apenas meu caminhar ...
( Cícero Aarão)